top of page

Entendendo o Autismo: Um Guia Completo para Pais que Suspeitam de TEA no Seu Filho

Se vocês estão aqui, é porque provavelmente têm observado algumas características no comportamento do seu filho que os levam a suspeitar de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Primeiro, saibam que não estão sozinhos. Muitos pais passam por essa jornada de dúvidas e descobertas, e é natural sentir-se preocupado ou confuso. Vamos conversar sobre o que é o autismo, como ele pode se manifestar, o que a ciência sabe sobre sua relação com o cérebro e o intestino, e o que vocês podem fazer para apoiar o desenvolvimento do seu filho.

O que é o Autismo?

Entender faz toda diferença

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica e de desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Ele é chamado de "espectro" porque engloba uma ampla variedade de sintomas e níveis de funcionalidade, variando de leve a grave. Isso significa que cada criança com autismo é única, com suas próprias habilidades, desafios e personalidade.

O autismo não é uma doença e não tem cura, mas com intervenção adequada e suporte, muitas crianças podem desenvolver habilidades que melhoram sua qualidade de vida e independência.

Como o Autismo Age no Cérebro?

O autismo é uma condição neurológica, o que significa que ele afeta o funcionamento do cérebro. Pesquisas indicam que o autismo está associado a diferenças na estrutura, conectividade e funcionamento cerebral. Aqui estão algumas das principais descobertas:

  • Diferenças na estrutura cerebral: Algumas crianças com autismo têm um crescimento cerebral mais acelerado nos primeiros anos de vida, especialmente em áreas relacionadas ao processamento social e emocional.

  • Conectividade cerebral alterada: Pode haver redução na comunicação entre regiões distantes do cérebro (hipoconectividade) e aumento na comunicação entre regiões próximas (hiperconectividade), o que afeta a integração de informações complexas.

  • Processamento sensorial atípico: Muitas crianças com autismo têm sensibilidades sensoriais, como hipersensibilidade a sons ou luzes, devido a diferenças no processamento de informações sensoriais.

  • Neurotransmissores e química cerebral: Substâncias como serotonina e GABA podem estar desreguladas, afetando o humor e o comportamento.

Tipos de Autismo e Níveis de Suporte

O autismo pode se manifestar de diferentes formas. Alguns tipos anteriormente classificados separadamente, como a Síndrome de Asperger e o Transtorno Desintegrativo da Infância, agora fazem parte do espectro autista. Hoje, o diagnóstico é feito com base no nível de suporte que a criança necessita:

Nível 1 - Autismo Leve (Necessita de pouco suporte)

  • A criança pode ter dificuldades sutis na interação social e na comunicação, mas consegue manter uma rotina independente.

  • Pode ter interesses restritos ou comportamentos repetitivos, mas que não interferem significativamente na vida cotidiana.

  • Exemplo: Uma criança que fala bem, mas tem dificuldade em compreender sarcasmo ou expressões faciais.

Nível 2 - Autismo Moderado (Necessita de suporte regular)

  • Dificuldade mais evidente na comunicação e interação social.

  • Pode precisar de apoio para lidar com mudanças na rotina.

  • Exemplo: Uma criança que fala pouco e prefere interagir por meio de gestos ou imagens.

Nível 3 - Autismo Severo (Necessita de suporte substancial)

  • Dificuldades significativas na comunicação verbal e não verbal.

  • Dependência de suporte para realizar atividades diárias.

  • Exemplo: Uma criança que não verbaliza e tem crises frequentes diante de mudanças.

Sinais que Podem Indicar Autismo

Alguns sinais que podem levar à suspeita de autismo incluem:

  • Dificuldades na comunicação: Seu filho pode demorar a falar, evitar contato visual ou ter dificuldade em expressar necessidades e emoções.

  • Interação social: Ele pode parecer desinteressado em brincar com outras crianças, preferindo brincar sozinho ou ter dificuldade em entender gestos e expressões faciais.

  • Comportamentos repetitivos: Movimentos como balançar as mãos, girar objetos ou insistir em rotinas muito rígidas podem ser comuns.

  • Sensibilidades sensoriais: Seu filho pode ser muito sensível a sons, luzes, texturas ou cheiros, ou, por outro lado, parecer menos sensível a estímulos como dor ou temperatura.

  • Dificuldades na regulação emocional: Crises de choro ou birras intensas podem ocorrer com mais frequência, especialmente diante de mudanças inesperadas na rotina.

  • Interesses restritos: Algumas crianças com autismo podem desenvolver interesses muito intensos por determinados objetos, temas ou atividades.

  • Dificuldade com imaginação e brincadeiras simbólicas: Brincadeiras de faz de conta podem ser menos frequentes ou ausentes.

Se você observou alguns desses sinais, é importante lembrar que eles não significam necessariamente que seu filho tem autismo, mas podem indicar a necessidade de uma avaliação mais detalhada.

IMG_7596.jpg

E como é feito o diagnóstico 

O diagnóstico do autismo é realizado pela Dra. Mônica Iovanovich, que utiliza uma abordagem detalhada e baseada em evidências para avaliar o comportamento da criança e identificar se o paciente tem o Transtorno do Espectro Autista e elaborar um plano individualizado de tratamento para a melhora do quadro e melhor desenvolvimento do potencial de nossos pequenos .

Se você suspeita que seu filho pode estar no espectro autista e quer entender melhor como funciona a avaliação, cadastre-se para receber um vídeo explicativo da Dra. Mônica Iovanovich sobre como o diagnóstico é feito.

Direitos das Crianças com Autismo no Brasil

No Brasil, crianças com autismo possuem uma série de direitos garantidos por lei para garantir sua inclusão e qualidade de vida. Entre eles:

  • Lei Berenice Piana (Lei 12.764/2012): Reconhece a pessoa com autismo como pessoa com deficiência, garantindo direitos específicos, como acesso à educação, saúde e proteção social.

  • Prioridade no Atendimento: Crianças com autismo têm direito a atendimento prioritário em serviços públicos e privados.

  • Educação Inclusiva: O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) assegura matrícula em escolas regulares e apoio especializado.

  • Plano de Saúde: Planos de saúde devem cobrir terapias essenciais como fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicoterapia.

  • Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA): Garante prioridade em filas e serviços públicos.

  • Isenção de Impostos: Famílias podem obter isenção de impostos na compra de veículos adaptados.

  • Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS): Crianças com autismo de famílias de baixa renda podem ter direito a um salário mínimo mensal.

  • Passe Livre: Direito ao transporte público gratuito para crianças com autismo e seus acompanhantes.

É fundamental conhecer esses direitos e buscar apoio jurídico ou de associações especializadas para garantir que sejam respeitados.

O Que Fazer se Suspeitar de Autismo?

Comece o quanto antes o tratamento

  1. Procure um profissional: A avaliação especializada é essencial para um diagnóstico preciso.

  2. Informe-se: Conhecer mais sobre o autismo pode ajudá-los a entender melhor o comportamento do seu filho.

  3. Busque terapias e intervenções: Terapias como fonoaudiologia, terapia ocupacional e ABA são fundamentais para o desenvolvimento.

  4. Cuide da saúde intestinal: Pequenas mudanças na dieta podem ter um impacto significativo.

  5. Encontre apoio: Grupos de pais podem oferecer suporte emocional e compartilhar experiências valiosas.

Vocês não estão sozinhos. Com informação e suporte, é possível proporcionar um futuro cheio de possibilidades para o seu filho. 

  • Facebook
  • Instagram
ERI01806.jpg

Rua Constança Barbosa,152, Sala 205, Méier - Rio de Janeiro - RJ

Av. João Cabral de Mello Neto, 850 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ, 22775-057

  • Instagram
  • Facebook

21974543929

©2021 por Espaço Mentes Pequeninas.

bottom of page